Cl. 2.2 – “… para o pleno conhecimento do mistério de Deus-Cristo”, este versículo é usado inclusive por sabelianos ou modalistas, e é interessante porque na Almeida Corrigida se percebe um “-” ligando a palavra “Deus” a palavra “Cristo”. Nem mesmo Jerônimo, católico, que compôs, a partir de textos antigos latinos e gregos, uma versão bem antiga da Bíblia, mas já em um mundo que havia adotado o trinitarismo como ortodoxia, em latim, chamada Vulgata Latina, entendeu desse jeito, ele escreveu: “… plenitudinis intellectus in agnitionem mysterii Dei Patris Christi Iesu” e o Pe. Antônio Pereira de Figueiredo assim traduziu “… uma perfeita inteligência, para conhecerem o ministério de Deus Pai, e de Jesus Cristo”. Do texto grego o final do verso a TEB traduziu: “… do mistério de Deus: Cristo”, a BJ, simplesmente: “…do ministério de Deus”, a Bíblia Pão Nosso: “…o mistério de Deus, Cristo”, a Bíblia Ave Maria: “… o mistério de Deus, isto é, Cristo”, a CNBB: “… o mistério de Deus, que é Cristo”. As citações de Bíblias católicas são para mostrar o entendimento do verso por quem não tem interesse em negar a trindade. A própria ACF verte para “… e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo”, Se vê claramente pelo testemunho das versões acima que esse texto da Bíblia não identifica um “Deus-Cristo” ou um “Cristo Deus”, mas que Cristo é o mistério de Deus, revelado pela via da plenificação de nossa inteligência. Esse verso é mais um que está caindo, ou mesmo já caiu em desuso na defesa da trindade.