Continuação…
Porém, como ter certeza que com relação a Jesus traduzir “proskynô” por adorar no sentido cultual em que adoramos a Deus não é a melhor tradução? Leiamos, então, Dt. 5.9 “Não te encurvarás (προσκυνήσεις – proskynêseis) a elas, nem as servirás (λατρεύσῃς – latreusês); porque eu, Yahweh teu Deus, sou Deus zeloso…” e, ainda, Dt. 10.20 “Ao Yahweh teu Deus temerás (φοβηθήσῃ – fobêthêsê); a ele servirás (λατρεύσεις)…”. O próprio Jesus, ao ser tentado por Satanás, diz em Mt. 4.10 “Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás (προσκυνήσεις – proskynêseis), e só a ele servirás (λατρεύσεις – latreuseis)”. Pois bem, perceba que aqui é usado proskynô, assim como em vários outros lugares como já vimos, mas ao falar em “servir” (λατρεύω), Jesus diz “só a teu Deus, Yahweh”. Note que nesse caso o serviço que se fala é o serviço com conotação religiosa, serviço sagrado, de culto a Deus. Isto é confirmado na constatação do uso do termo pelos LXX em Dt. 5.9, Dt. 10.20, já citados, e nas passagens, por exemplo, que nos informam sobre a libertação de Israel do Egito, quando Deus diz em Ex. 3.12 “E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte”, aqui servir a Deus é, também, com o verbo λατρεύω e este é diferente, por exemplo, do “servir” ao Egito, em Ex. 6.5 “E também tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios fazem servir…” ACF, onde “servir” é καταδουλόω (katadoulô), mostrando nitidamente que o serviço a Deus é o cultual e não o de força de trabalho usada no Egito. Infelizmente as traduções para língua portuguesa não transmitem essa nuance. Essa condição é vista também de forma muito clara em Dt. 6.12,13 “Guarda-te, que não te esqueças de Yahweh, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão (ἐξ οἴκου δουλείας). A Yahweh teu Deus temerás e a ele servirás (αὐτῷ λατρεύσεις), e pelo seu nome jurarás ”. λατρεύω é usado dessa forma também Novo Testamento, e Agostinho mesmo dá testemunho disso em sua obra “A Trindade” ao afirmar que “Quanto ao modo de servi-lo [a Deus], difere, porém, do revelado no preceito de servirmos uns aos outros pela caridade (Gl 5,13), que em grego se designa com o verbo douleuein, enquanto serviço a Deus está expresso pelo verbo latreuein”1 (destaquei)2.
Que Jesus é digno de reverência, de nossa prostração em respeito a Ele, a Bíblia deixa claro, inclusive devemos honrá-lo como honramos (honra e culto são coisa distintas) o Pai, Ele é o nosso Rei, Jo. 5.23 “para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou”. Porque honrando a Ele estaremos honrando o Pai que o enviou. Mas, e com relação a adorar como uma atitude de culto? Será que também devemos cultuá-lo como se cultua a Deus, seu Pai? Será que devemos, nesse sentido, adorá-lo? Para respondermos a essas perguntas precisamos verificar se a palavra cultuar (latreuein), dentro da Bíblia, é aplicada também a Jesus como é a Deus, seu Pai. O termo usado pelo próprio Jesus, como já vimos em Mt. 4.10 ao dizer “só a ele (Deus) servirás” ou mais claramente traduzido “só a ele (Deus) prestarás culto” é “λατρεύσεις” (futuro do verbo λατρεύω “latreô”), o mesmo que comentamos poucas linhas acima e que é reconhecido por Agostinho em sua obra “A Trindade” como termo de identificação cultual a Deus. Pois bem, este termo jamais é usado com relação a Jesus. Já foi percebido que o uso da palavra proskynô, geralmente traduzido por prostrar-se ou adorar, na relação entre as pessoas ou seres não é o suficiente para atribuir ou reconhecer deidade em ninguém, visto que é uma forma espontânea e respeitosa, com significado de honra e/ou sujeição, de se dirigir tanto a Deus quanto aos homens, mas λατρεύω (latreô), por outro lado, é usado nitidamente no que se refere ao serviço religioso voltado à devoção cultual. Esse verbo ou um de seus derivados ocorre 26 vezes no Novo Testamento e não se aplica uma única vez sequer ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Considerando a importância do assunto que está sendo tratado vale a pena trazermos todas à leitura:
- Mt. 4.10 “Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Como já foi comentado aqui o verbo “servir” é λατρεύω (cultuar, prestar serviço sagrado) e se refere diretamente a Deus. É muitíssimo oportuno ler o verso seguinte que diz: “Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram.” O verbo “servir” nesse verso, ao falar dos anjos, é διακονεω (diakonô) que significa servir, de prestar serviço como aquele que tem cuidado, prover com serviço, mostrando que os anjos embora reverenciem (proskynô) a Jesus (Hb. 1.6), não o cultuam (latreô).
- Lc. 1.74 “de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o servíssemos sem temor”
- Lc. 2.37 “e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.”
- Lc. 4.8 “Respondeu-lhe Jesus: Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.”
- Jo. 16.2 “Expulsar-vos-ão das sinagogas; ainda mais, vem a hora em que qualquer que vos matar julgará prestar um serviço a Deus.”
- At. 7.7 “Mas eu julgarei a nação que os tiver escravizado, disse Deus; e depois disto sairão, e me servirão neste lugar.”
- At. 7.42 “Mas Deus se afastou, e os abandonou ao culto das hostes do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios por quarenta anos no deserto, ó casa de Israel?” Aqui mesmo não sendo um culto a Deus, confirma que o uso da palavra é aplicado a quem se pretende cultuar em sentido divinal.
- At. 24.14 “Mas confesso-te isto: que, seguindo o caminho a que eles chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.”
- At. 26.7 “a qual as nossas doze tribos, servindo a Deus fervorosamente noite e dia, esperam alcançar; é por causa desta esperança, ó rei, que eu sou acusado pelos judeus.”
- At. 27.23 “Porque esta noite me apareceu um anjo do Deus de quem eu sou e a quem sirvo”
- Rm. 1.9 “Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós”
- Rm. 1.25 “pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.” (Idem At. 7.42)
- Rm. 9.4 “os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas” Se você já leu o estudo sobre esse contexto de Romanos, nas páginas anteriores, perceberá que o verso seguinte a este, Rm. 9.5, é uma doxologia. Caso não tenha lido ainda, favor ler a postagem “VERSÍCULOS QUE PROVAM A DEIDADE DE JESUS COM DEUS, SEU PAI?”
- Rm. 12.1 “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
- Fp. 3.3 “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.”
- II Tm. 1.3 “Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço menção de ti em minhas súplicas de noite e de dia”
- Hb. 8.5 “os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: Olha, faze conforme o modelo que no monte se te mostrou.”, a Bíblia de Jerusalém traduziu mais claramente este verso: “Estes realizam um culto que é cópia e sombra das realidades celestes, de acordo com a instituição divina recebida por Moisés…”
- Hb. 9.1 “Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário terrestre.”
- Hb. 9.6 “Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados”
- Hb. 9.14 “quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?”
- Hb. 10.2 “Doutra maneira, não teriam deixado de ser oferecidos? pois tendo sido uma vez purificados os que prestavam o culto, nunca mais teriam consciência de pecado.”
- Hb.12.28 “Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor”
- Hb. 13.10 “Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.”
- Ap. 7.15 “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles.”
- Ap. 22.3 “Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão”
É interessante este último verso citado porque há quem o use para dizer que “latreo” é também, ainda que seria uma única ocorrência, aplicado ao Cordeiro (Cristo), e dessa forma tando Deus quanto o Cordeiro (Jesus) receberiam culto, mas o texto é claro “O servirão” (o cultuarão), e não “os servirão”, e, o próprio verso anterior de Apocalipse, cujo texto acima está destacado, não deixa dúvida a quem está se referindo essa passagem bíblica, que corrobora a informação dada por Paulo em I Co. 15.28 “E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.”3 O que deveríamos nos perguntar é: Por que João teria feito a distinção clara, chamado um de Deus e o outro de Cordeiro para depois disso dizer que o Cordeiro era quem seria cultuado e não aquele a quem ele primeiro chamou de Deus, o Pai? Deveríamos nos questionar também que se Ap. 22.3 fala do Cordeiro como sendo aquele a quem se cultuaria, então, qual seria a razão de não se dizer isto também de Deus nesse mesmo verso, visto que estão discriminados distintamente, mas no mesmo verso? A proposta trinitária criaria uma situação estranha e invertida, inexistente na Bíblia, que seria destacar com ente de culto quem nunca foi designado para tal e excluir Aquele que é por inerência cultuado em toda a Bíblia, e ratificada, pelo próprio Cordeiro quando na Terra ao dizer em Mt. 4.10 “Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e SÓ A ELE ele servirás” (destaquei). Não há espaço nesse verso para dizer que Jesus estivesse falando dele mesmo ao diabo.
Na ausência de versos no NT que indiquem um serviço de culto ao Filho, se busca em Dn. 7.13,14 onde, em determinadas versões da Septuaginta, nesses versos que são reconhecidos como uma profecia aplicada a Cristo, aparece o verbo “λατρεύω”, mas o que parece passar desapercebido por quem cita esses versos, primeiro é o fato de haver outras versões da Septuaginta que não apresenta esse verbo, mas aparece lá δοῦλεω (servir sem conotação cultual) e segundo a sempre necessária contextualização dos próprios versos: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. 14 E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído”. Aqui, segundo se aceita comumente, o “Ancião de Dias” é Deus e o “como o filho do homem” é Jesus. Agora atente para o que está dito: Fizeram “o semelhante ao filho do homem” chegar até o ancião de dias (Deus), então o “semelhante ao filho do homem” já não poderia ser Deus também, pois o fizeram chegar até ELE. Em seguida diz-se que “Foi-lhe dado” várias posições de eminência e somente depois de essas coisas lhes haverem sido dadas, então, os povos e nações o “serviriam”. Percebe-se, nitidamente, que a descrição desse verso é da entronização de um rei, não a de preparação de um culto a Deus ou a Divindade. É de se destacar que a versão utilizada dos LXX que propõe “latruo” na tradução do livro de Daniel para o grego usou de modo desuniforme os termos helênicos, pois ele não usou “λατρεύω” para traduzir a mesma palavra semítica em, por exemplo, Dn. 7.27; aqui ele usou ὑποταγήσονται (hypagêsontai) do verbo ὑποτάσσω (=sujeitar), esse mesmo verbo é usado no NT em Ef. 5.21. Devemos relembrar também que há outras versões da Septuaginta que não usam “λατρεύω” nesses versos de Daniel, mas δοῦλεω, via pela qual se adiciona mas uma dificuldade a pretensão trinitária.
Talvez se ao invés de buscar a palavra grega “λατρεύω”, já que existe também versões dos LXX com a palavra δοῦλεω nesses mesmos versos, talvez se buscasse a forma aramaica que consta em Daniel houvesse um pouco mais de lógica פלח (pel-akh’), por esta haver sido usada várias vezes no episódio de Misael, Ananias e Azarias quando ser recusaram a “servir” (adorar) a divindade babilônica, mas tal lógica também estaria em prejuízo, pois há que ser notado que assim como “proskunô”, “pelakh’” tem a conotação determinada pelo contexto independentemente da quantidade de vezes que é usada, ou seja, não é porque foi usada mais vezes no relado do caso dos três jovens israelitas que terá seu significado determinado com um único sentido, pois essa palavra aramaica significa: prestar reverência, servir, adorar, ministrar, etc. E nesse sentido podemos ver sua ocorrência em Ez. 7.24 “וּפָלְחֵי בֵּית אֱלָהָ”, onde os LXX teriam preferido vertê-la por “λειτουργοῖς” e podendo ser traduzida para nossa língua por “atendentes da casa de Deus” ou conforme aparece na Almeida “ministros da casa de Deus”, o que equivale a “servidores do Templo”.
Além disso ainda cabe aqui a reflexão: Se alguém só tem direito de ser “cultuado” após receber de Deus as coisas, como pode esse alguém ser, também, Deus? Assim, certamente essa ocorrência em Daniel não é um requerimento de culto ao rei como se, aquele que precisou receber poder e honra, devesse ser cultuado e reconhecido como Deus, mesmo se considerarmos a versão que não traz δοῦλεω nesses versos. A propósito, Deus precisa receber alguma coisa para dever ser adorado? (Rm. 11.35) Deus é Deus de eternidade a eternidade e merecedor ininterrupto de culto.
Como se percebe de forma abundante, dentro da Bíblia, todas as referências de serviço cultual sagrado apontam para Deus, o Pai, e não para o Filho, Jesus Cristo. Para os escritores sagrados, no Novo Testamento, Jesus não é a pessoa a quem cultuavam, ou prestavam serviço de culto como prestavam a Deus. Considerando tudo isso, não existe razão para se crer que “proskynô” quando aplicado a Jesus deva ser entendido como adoração no mesmo sentido que adoramos a Deus, pois ele mesmo, vale a pena repetir, disse: “Ao Senhor (Yahweh) teu Deus adorarás, e só a ele prestarás culto.”
É oportuno dizermos que existem outras palavras com significado de serviço, mas essas outras são usadas indistintamente entre os próprios homens, e entre os homens e Deus. São elas “diakonia” (serviço prestado como servo), “liturgia” (serviço prestado como oficiante), “doulia” (serviço prestado com sentido de submissão [escravo]).
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1 Agostinho in A trindade, Paulus Editora, 2ª Edição – 1994, pág. 37,38
2 Agostinho usou essa constatação para defender a adoração ao Espírito Santo, em uma tradução de Fp. 3.3 que ele pensava ser “… servimos ao Espírito de Deus…”, essa forma de entender o texto da referência em grego atribuindo culto ao Espírito Santo, no entanto, parece ter sido uma forma particular de Agostinho. As variantes que envolvem a passagem trazem: “πνευματι θεω” (TR) e “πνευματι θεου” (TC), e tanto as versões católicas quanto as protestantes não apóiam essa tradução de Agostinho, mas trazem: “… servimos a Deus em espírito…” (Pe. Matos Soares e o Pe. Antônio P. Figueiredo – do Latim); “… prestamos culto a Deus pelo Espírito de Deus...” (Editora Ave-Maria); “… servimos no Espírito de Deus…” (Editora Vozes e Santuário); “…em espírito prestamos culto a Deus…” (Edições Loyola); “… prestamos o nosso culto pelo Espírito de Deus…”; (TEB – Ed. Paulinas e Loyola); “… prestamos culto movidos pelo Espírito de Deus…” (Tradução da CNBB); “…prestamos culto pelo Espírito de Deus…” (BJ); “... servimos a Deus em espírito...” (Bíblia do Peregrino); “...adoramos pelo Espírito de Deus…” (NVI), “... adoramos a Deus no Espírito” (A Bíblia Anotada); “... servimos a Deus em espírito…” (ARC); como se percebe abundantemente, usando qualquer das duas variantes gregas, a tradução feita por diversos tradutores católicos bem como por protestantes, embora trinitários, reconhecem que o texto não indica uma informação de culto ao Espírito Santo. Quanto ao inexistência do uso desse verbo com relação a Jesus ele, Agostinho, simplesmente se cala.
3 Há que ser destacado que o chamado “mistério trinitário” contradiz este versículo de Coríntios ao dizer que o Filho é eternamente coigual ao Pai, enquanto a Bíblia diz que ele será eternamente sujeito a quem “àquele que todas as coisas lhe sujeitou”. Veja o verso não diz o homem Jesus, mas o Filho. Justamente essa designação “Filho” é a designação pelo qual muitos trinitarianos afirmam que Jesus é Deus. É nessa condição que Ele está sujeito, então não há coigualdade.