Isaías viu a glória dele. “Dele” quem?
O conjunto dos versos Is. 6.8-10; Jo. 12.37-41 e At. 28 tem sido reivindicado para afirmar que Yahweh é o “nome” dos três, ou seja, do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas vamos examinar mais de perto esses versos e seus contextos para vermos se isso se confirma.
O profeta Isaías é descrito nesses versos do capítulo 6 como o agente de Yahweh, respondendo positivamente a pergunta: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (v.8). As ações de Isaías produziriam no povo de Israel, de acordo com o v.10, o “engordar” do coração, o serem pesados de ouvidos e terem seus olhos fechados.
Olhemos agora para o que nos diz Jo. 12.38 do trecho reivindicado como uma identificação de Jesus com Yahweh: “Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” O primeiro registro que será feito por quem leu Is. 6.8-10 é a observação de que esse verso de João 12, não está em nenhum versículo daquele capítulo de Isaías e realmente não está porque é citação capítulo 53 do mesmo profeta. A redação desse verso é importante quando diz: “Senhor, quem creu na nossa pregação?”, pois por ai dá para perceber que é uma exclamação dirigida ao SENHOR (Yahweh) e NÃO o próprio SENHOR falando. E João ao citar isso reconhece essa distinção de forma cristalina. Somente então é que o texto de João segue e cita o trecho de Isaías 6: “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.” (Jo. 12.40). Aqui fica claro que o que representa aquele que faz a pergunta “SENHOR, quem deu crédito a nossa pregação” é aquele cujos efeitos da pregação revela os corações endurecidos e olhos cerrados, mas nenhum desses dois versículos escritos no Rolo do Profeta e citados por João, por si só, dão a entender aos leitores que Yahweh seja Jesus, pelo contrário já que em Is. 6 fala-se daquele que é o enviado de Yahweh e Is. 53 está descrito aquele que leva a pregação de Yahweh. Em ambas as passagens fala-se de um mensageiro de Yahweh, ou seja, nos dois casos se fala de mais de um personagem: Yahweh e outro que é o tipo de Cristo (o enviado). A linha trinitária ignora essa necessária percepção do verso, sem a qual sua plena compreensão fica prejudicada.
É fácil notar que o trecho reivindicado de João 12, então, ao apresentar duas citações de Isaías, fala de dois personagens nas duas citações, não apenas de um personagem! Não cita-se apenas Yahweh, mas, também aquele que seria seu mensageiro; o responsável por levar SUA pregação. O verso 40 ao dizer “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração…”, não está falando de uma ação direta de Yahweh, na verdade fala do resultado da ação de Seu enviado, posto que em Isaías fala desse mensageiro como alguém que “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos”. Quem nos dias da proclamação do Evangelho desempenhou esse papel? E Jesus também revela: “E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mt. 15.24)
Então, surge o verso 41 de João 12: “Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele.”, cuja leitura apressada desfaz esse cenário que se fala de dois, como se o próprio Isaías fosse apenas um personagem passivo naquele episódio. Mas, é apenas a leitura apressada que fará destoar o verso de seu contexto. Percebamos que Jesus mesmo diz com suas próprias palavras: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.” (Jo. 17.22). Então a expressão “viu sua glória” não força uma co-identidade. A unidade decorre do compartilhamento da Glória, e, a glória de um é a de todos com quem foi compartilhada. Ora, se a Glória que Jesus tinha provinha do Pai, então a Glória que se vê do Pai é também a Glória que se vê no Filho, porque não existem duas Glórias, mas uma única fonte de Glória e, conforme Jesus disse, é o Pai. Consideremos, então, o contexto bíblico e indaguemos: Será que o texto de João, em estudo, está falando do Trono, dos Querubins e daquele que estava assentado no Trono e etc? Ou está falando clara e objetivamente do outro personagem envolvido em Isaías, o responsável pela pregação e que é aquele que pergunta: “… Quem deu crédito a nossa pregação?…” e cuja pregação “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado”. Então, cabe a pergunta: Se João quisesse dizer que Jesus é Yahweh (O SENHOR) que estava assentado no Trono, então, quem era o outro personagem refletido como anunciador e a quem o restante do contexto faz referência?
A expressão “falou dele”, certamente recai sobre o anunciador das boas novas, que diga-se de passagem é o agente descrito no Evangelho de João nesses versos e é justamente aquele que leva as palavra de Yahweh, conforme descrito em Isaías. É comum dentro do contexto profético o profeta predizer o fato futuro e facilmente ser associado como sendo ele mesmo o presonagem da profecia; isso é visto nesse caso e confirmado em At. 8.34, onde mais uma vez cita-se Isaías: “E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?” Felipe ao revelar que ali se falava de outro, não do profeta, mostra que o anunciador das boas novas apontava para Cristo e portanto distinto, não somente numericamente, tanto daquele profeta quanto distinto de Yahweh que o enviou.
Nesse mesmo contexto de Jo. 12, nos versos 44 e 45, mais uma vez Jesus de forma clara e taxativa se admite como o representante do Pai, Yahweh: “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” Aqui ao falar de dois, do que ENVIA e do que é ENVIADO, a exemplo dos dois versos de Isaías que fala exatamente de ENVIAR ALGUÉM e fala desse ALGUÉM; Jesus mostra que os dois não são o mesmo ente. Yahweh o enviou, assim como está claro no livro do Profeta!
Já At. 28. 25 “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías”, aqui não se diz e nem força o entendimento de que o Espírito Santo seja o próprio Yahweh, até porque o pepel do Espírito Santo é explicitado em Jo. 16.13 “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” O máximo que se pode concluir aqui é que o Espírito Santo transmitiu a Isaías as palavra de Yahweh, já que o Espírito Santo não fala de si mesmo. Aliás cabe aqui uma pergunta: Se o Espírito Santo fosse o próprio Yahweh, por que não falaria de si mesmo?
Qual o grande problema dessa linha de raciocínio que quer ver nesses versos um identificação de Pai, Filho e Espírito como sendo Yahweh? É justamente a intervenção humano, pois na completa ausência de Jesus se identificando como sendo Yahweh, os homens forçam compreensões para suprir esse abismo. Jesus falou muitas coisa; podemos dizer que as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo compõem um bom volume do conteúdo escrito no Novo Testamento, mas em absolutamente lugar algum das Escrituras encontramos ele dizendo ser um ente plural com e/ou o mesmo que Yahweh, pelo contrário, ele diz: “Não vim de mim mesmo” (Jo. 8.42). Então, já que Jesus se negou a dizer ser aquilo que ele não é, muitos parecem querer “ajudá-lo” nessa questão, esse tipo de ajuda, se for seguida uniformemente transformaria João Batista em Elias (o que vai adiante de Yahweh), Salomão em Jesus (eu lhe serei por Pai e ele me será por filho) e, pasmem, Satanás em Yahweh (aquele que incitou Davi a recensear o povo) e etc.
O conjunto dos versos Is. 6.8-10; Jo. 12.37-41 e At. 28 tem sido reivindicado para afirmar que Yahweh é o “nome” dos três, ou seja, do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas vamos examinar mais de perto esses versos e seus contextos para vermos se isso se confirma.
O profeta Isaías é descrito nesses versos do capítulo 6 como o agente de Yahweh, respondendo positivamente a pergunta: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (v.8). As ações de Isaías produziriam no povo de Israel, de acordo com o v.10, o “engordar” do coração, o serem pesados de ouvidos e terem seus olhos fechados.
Olhemos agora para o que nos diz Jo. 12.38 do trecho reivindicado como uma identificação de Jesus com Yahweh: “Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” O primeiro registro que será feito por quem leu Is. 6.8-10 é a observação de que esse verso de João 12, não está em nenhum versículo daquele capítulo de Isaías e realmente não está porque é citação capítulo 53 do mesmo profeta. A redação desse verso é importante quando diz: “Senhor, quem creu na nossa pregação?”, pois por ai dá para perceber que é uma exclamação dirigida ao SENHOR (Yahweh) e NÃO o próprio SENHOR falando. E João ao citar isso reconhece essa distinção de forma cristalina. Somente então é que o texto de João segue e cita o trecho de Isaías 6: “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.” (Jo. 12.40). Aqui fica claro que o que representa aquele que faz a pergunta “SENHOR, quem deu crédito a nossa pregação” é aquele cujos efeitos da pregação revela os corações endurecidos e olhos cerrados, mas nenhum desses dois versículos escritos no Rolo do Profeta e citados por João, por si só, dão a entender aos leitores que Yahweh seja Jesus, pelo contrário já que em Is. 6 fala-se daquele que é o enviado de Yahweh e Is. 53 está descrito aquele que leva a pregação de Yahweh. Em ambas as passagens fala-se de um mensageiro de Yahweh, ou seja, nos dois casos se fala de mais de um personagem: Yahweh e outro que é o tipo de Cristo (o enviado). A linha trinitária ignora essa necessária percepção do verso, sem a qual sua plena compreensão fica prejudicada.
É fácil notar que o trecho reivindicado de João 12, então, ao apresentar duas citações de Isaías, fala de dois personagens nas duas citações, não apenas de um personagem! Não cita-se apenas Yahweh, mas, também aquele que seria seu mensageiro; o responsável por levar SUA pregação. O verso 40 ao dizer “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração…”, não está falando de uma ação direta de Yahweh, na verdade fala do resultado da ação de Seu enviado, posto que em Isaías fala desse mensageiro como alguém que “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos”. Quem nos dias da proclamação do Evangelho desempenhou esse papel? E Jesus também revela: “E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mt. 15.24)
Então, surge o verso 41 de João 12: “Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele.”, cuja leitura apressada desfaz esse cenário que se fala de dois, como se o próprio Isaías fosse apenas um personagem passivo naquele episódio. Mas, é apenas a leitura apressada que fará destoar o verso de seu contexto. Percebamos que Jesus mesmo diz com suas próprias palavras: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.” (Jo. 17.22). Então a expressão “viu sua glória” não força uma co-identidade. A unidade decorre do compartilhamento da Glória, e, a glória de um é a de todos com quem foi compartilhada. Ora, se a Glória que Jesus tinha provinha do Pai, então a Glória que se vê do Pai é também a Glória que se vê no Filho, porque não existem duas Glórias, mas uma única fonte de Glória e, conforme Jesus disse, é o Pai. Consideremos, então, o contexto bíblico e indaguemos: Será que o texto de João, em estudo, está falando do Trono, dos Querubins e daquele que estava assentado no Trono e etc? Ou está falando clara e objetivamente do outro personagem envolvido em Isaías, o responsável pela pregação e que é aquele que pergunta: “… Quem deu crédito a nossa pregação?…” e cuja pregação “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado”. Então, cabe a pergunta: Se João quisesse dizer que Jesus é Yahweh (O SENHOR) que estava assentado no Trono, então, quem era o outro personagem refletido como anunciador e a quem o restante do contexto faz referência?
A expressão “falou dele”, certamente recai sobre o anunciador das boas novas, que diga-se de passagem é o agente descrito no Evangelho de João nesses versos e é justamente aquele que leva as palavra de Yahweh, conforme descrito em Isaías. É comum dentro do contexto profético o profeta predizer o fato futuro e facilmente ser associado como sendo ele mesmo o presonagem da profecia; isso é visto nesse caso e confirmado em At. 8.34, onde mais uma vez cita-se Isaías: “E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?” Felipe ao revelar que ali se falava de outro, não do profeta, mostra que o anunciador das boas novas apontava para Cristo e portanto distinto, não somente numericamente, tanto daquele profeta quanto distinto de Yahweh que o enviou.
Nesse mesmo contexto de Jo. 12, nos versos 44 e 45, mais uma vez Jesus de forma clara e taxativa se admite como o representante do Pai, Yahweh: “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” Aqui ao falar de dois, do que ENVIA e do que é ENVIADO, a exemplo dos dois versos de Isaías que fala exatamente de ENVIAR ALGUÉM e fala desse ALGUÉM; Jesus mostra que os dois não são o mesmo ente. Yahweh o enviou, assim como está claro no livro do Profeta!
Já At. 28. 25 “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías”, aqui não se diz e nem força o entendimento de que o Espírito Santo seja o próprio Yahweh, até porque o pepel do Espírito Santo é explicitado em Jo. 16.13 “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” O máximo que se pode concluir aqui é que o Espírito Santo transmitiu a Isaías as palavra de Yahweh, já que o Espírito Santo não fala de si mesmo. Aliás cabe aqui uma pergunta: Se o Espírito Santo fosse o próprio Yahweh, por que não falaria de si mesmo?
Qual o grande problema dessa linha de raciocínio que quer ver nesses versos um identificação de Pai, Filho e Espírito como sendo Yahweh? É justamente a intervenção humano, pois na completa ausência de Jesus se identificando como sendo Yahweh, os homens forçam compreensões para suprir esse abismo. Jesus falou muitas coisa; podemos dizer que as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo compõem um bom volume do conteúdo escrito no Novo Testamento, mas em absolutamente lugar algum das Escrituras encontramos ele dizendo ser um ente plural com e/ou o mesmo que Yahweh, pelo contrário, ele diz: “Não vim de mim mesmo” (Jo. 8.42). Então, já que Jesus se negou a dizer ser aquilo que ele não é, muitos parecem querer “ajudá-lo” nessa questão, esse tipo de ajuda, se for seguida uniformemente transformaria João Batista em Elias (o que vai adiante de Yahweh), Salomão em Jesus (eu lhe serei por Pai e ele me será por filho) e, pasmem, Satanás em Yahweh (aquele que incitou Davi a recensear o povo) e etc.
O conjunto dos versos Is. 6.8-10; Jo. 12.37-41 e At. 28 tem sido reivindicado para afirmar que Yahweh é o “nome” dos três, ou seja, do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas vamos examinar mais de perto esses versos e seus contextos para vermos se isso se confirma.
O profeta Isaías é descrito nesses versos do capítulo 6 como o agente de Yahweh, respondendo positivamente a pergunta: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (v.8). As ações de Isaías produziriam no povo de Israel, de acordo com o v.10, o “engordar” do coração, o serem pesados de ouvidos e terem seus olhos fechados.
Olhemos agora para o que nos diz Jo. 12.38 do trecho reivindicado como uma identificação de Jesus com Yahweh: “Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?” O primeiro registro que será feito por quem leu Is. 6.8-10 é a observação de que esse verso de João 12, não está em nenhum versículo daquele capítulo de Isaías e realmente não está porque é citação capítulo 53 do mesmo profeta. A redação desse verso é importante quando diz: “Senhor, quem creu na nossa pregação?”, pois por ai dá para perceber que é uma exclamação dirigida ao SENHOR (Yahweh) e NÃO o próprio SENHOR falando. E João ao citar isso reconhece essa distinção de forma cristalina. Somente então é que o texto de João segue e cita o trecho de Isaías 6: “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.” (Jo. 12.40). Aqui fica claro que o que representa aquele que faz a pergunta “SENHOR, quem deu crédito a nossa pregação” é aquele cujos efeitos da pregação revela os corações endurecidos e olhos cerrados, mas nenhum desses dois versículos escritos no Rolo do Profeta e citados por João, por si só, dão a entender aos leitores que Yahweh seja Jesus, pelo contrário já que em Is. 6 fala-se daquele que é o enviado de Yahweh e Is. 53 está descrito aquele que leva a pregação de Yahweh. Em ambas as passagens fala-se de um mensageiro de Yahweh, ou seja, nos dois casos se fala de mais de um personagem: Yahweh e outro que é o tipo de Cristo (o enviado). A linha trinitária ignora essa necessária percepção do verso, sem a qual sua plena compreensão fica prejudicada.
É fácil notar que o trecho reivindicado de João 12, então, ao apresentar duas citações de Isaías, fala de dois personagens nas duas citações, não apenas de um personagem! Não cita-se apenas Yahweh, mas, também aquele que seria seu mensageiro; o responsável por levar SUA pregação. O verso 40 ao dizer “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração…”, não está falando de uma ação direta de Yahweh, na verdade fala do resultado da ação de Seu enviado, posto que em Isaías fala desse mensageiro como alguém que “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos”. Quem nos dias da proclamação do Evangelho desempenhou esse papel? E Jesus também revela: “E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mt. 15.24)
Então, surge o verso 41 de João 12: “Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele.”, cuja leitura apressada desfaz esse cenário que se fala de dois, como se o próprio Isaías fosse apenas um personagem passivo naquele episódio. Mas, é apenas a leitura apressada que fará destoar o verso de seu contexto. Percebamos que Jesus mesmo diz com suas próprias palavras: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.” (Jo. 17.22). Então a expressão “viu sua glória” não força uma co-identidade. A unidade decorre do compartilhamento da Glória, e, a glória de um é a de todos com quem foi compartilhada. Ora, se a Glória que Jesus tinha provinha do Pai, então a Glória que se vê do Pai é também a Glória que se vê no Filho, porque não existem duas Glórias, mas uma única fonte de Glória e, conforme Jesus disse, é o Pai. Consideremos, então, o contexto bíblico e indaguemos: Será que o texto de João, em estudo, está falando do Trono, dos Querubins e daquele que estava assentado no Trono e etc? Ou está falando clara e objetivamente do outro personagem envolvido em Isaías, o responsável pela pregação e que é aquele que pergunta: “… Quem deu crédito a nossa pregação?…” e cuja pregação “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado”. Então, cabe a pergunta: Se João quisesse dizer que Jesus é Yahweh (O SENHOR) que estava assentado no Trono, então, quem era o outro personagem refletido como anunciador e a quem o restante do contexto faz referência?
A expressão “falou dele”, certamente recai sobre o anunciador das boas novas, que diga-se de passagem é o agente descrito no Evangelho de João nesses versos e é justamente aquele que leva as palavra de Yahweh, conforme descrito em Isaías. É comum dentro do contexto profético o profeta predizer o fato futuro e facilmente ser associado como sendo ele mesmo o presonagem da profecia; isso é visto nesse caso e confirmado em At. 8.34, onde mais uma vez cita-se Isaías: “E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?” Felipe ao revelar que ali se falava de outro, não do profeta, mostra que o anunciador das boas novas apontava para Cristo e portanto distinto, não somente numericamente, tanto daquele profeta quanto distinto de Yahweh que o enviou.
Nesse mesmo contexto de Jo. 12, nos versos 44 e 45, mais uma vez Jesus de forma clara e taxativa se admite como o representante do Pai, Yahweh: “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” Aqui ao falar de dois, do que ENVIA e do que é ENVIADO, a exemplo dos dois versos de Isaías que fala exatamente de ENVIAR ALGUÉM e fala desse ALGUÉM; Jesus mostra que os dois não são o mesmo ente. Yahweh o enviou, assim como está claro no livro do Profeta!
Já At. 28. 25 “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías”, aqui não se diz e nem força o entendimento de que o Espírito Santo seja o próprio Yahweh, até porque o pepel do Espírito Santo é explicitado em Jo. 16.13 “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” O máximo que se pode concluir aqui é que o Espírito Santo transmitiu a Isaías as palavra de Yahweh, já que o Espírito Santo não fala de si mesmo. Aliás cabe aqui uma pergunta: Se o Espírito Santo fosse o próprio Yahweh, por que não falaria de si mesmo?
Qual o grande problema dessa linha de raciocínio que quer ver nesses versos um identificação de Pai, Filho e Espírito como sendo Yahweh? É justamente a intervenção humano, pois na completa ausência de Jesus se identificando como sendo Yahweh, os homens forçam compreensões para suprir esse abismo. Jesus falou muitas coisa; podemos dizer que as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo compõem um bom volume do conteúdo escrito no Novo Testamento, mas em absolutamente lugar algum das Escrituras encontramos ele dizendo ser um ente plural com e/ou o mesmo que Yahweh, pelo contrário, ele diz: “Não vim de mim mesmo” (Jo. 8.42). Então, já que Jesus se negou a dizer ser aquilo que ele não é, muitos parecem querer “ajudá-lo” nessa questão, esse tipo de ajuda, se for seguida uniformemente transformaria João Batista em Elias (o que vai adiante de Yahweh), Salomão em Jesus (eu lhe serei por Pai e ele me será por filho) e, pasmem, Satanás em Yahweh (aquele que incitou Davi a recensear o povo) e etc.